“O Programa Cidades Eficientes tem uma estratégia que, para o Ministério de Minas e Energia, é muito importante, pois é a metodologia que vai nos ajudar a implementar as políticas de eficiência energética voltadas para o setor de edificações no nível municipal”. A afirmação é de Alexandra Albuquerque Maciel, coordenadora do GT-Edificações do Ministério de Minas e Energia (MME), que conduziu o painel “Da gestão local à Política Federal: caminhos para as construções eficientes e a resiliência urbana” no 1º Encontro Cidades Verdes Resilientes, realizado na última sexta-feira (28.03) na Câmara dos Deputados, em Brasília. Dirigido a prefeitos eleitos (2025-2028), o evento objetivou a mobilização em prol da adaptação e resiliência climática.
O painel contou com a participação de Clarice Degani, diretora executiva do CBCS, e da arquiteta Cibele Assmann, gerente de Inovação da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Florianópolis, que apresentaram os principais componentes do Programa Cidades Eficientes, realizado pelo CBCS, com o apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCS), e a sua implementação pela Prefeitura de Florianópolis, iniciada desde a fase piloto do Programa, em 2018. “Foi importante trazer para os municípios e para quem trabalha com as políticas públicas na área de cidades sustentáveis, a temática da eficiência energética na ótica da gestão das cidades: como você pode melhorar esta gestão e como é que a eficiência energética faz parte desse rol de ações que têm que ser feitas para promover a sustentabilidade das cidades”, complementa Alexandra.
A participação no 1º Encontro Cidades Verdes Resilientes foi uma grande oportunidade para enfatizar o caráter de transversalidade de todas as iniciativas que têm sido feitas pelos governos locais. “É muito importante que o Programa Cidades Eficientes esteja presente nesses eventos para mostrar que existe muita ciência, muita técnica, muito aspecto já resolvido e ferramentas que podem ser implementadas nas prefeituras. E com capacitação, com tecnologia, com dados para que as metas climáticas sejam estabelecidas com critérios que possam ser utilizados como base das políticas públicas locais”, enfatiza Clarice Degani. Para ela, o evento evidenciou a existência de diversos programas, investimentos e iniciativas para as cidades que ocorrem em paralelo, mas todas convergem em benefício dos munícipes.
Cibele Assmann igualmente comemorou a oportunidade de participação no evento. “Foi super interessante, tanto pela conveniência do tema, que está totalmente alinhado com o programa do Governo Federal, que busca soluções para as cidades para que elas se tornem mais sustentáveis, como pela troca com outros municípios e com representantes dos Ministérios e das entidades que estavam presentes”, afirma. Ela ressalta o grande interesse dos participantes em saber mais sobre o projeto e conhecer o detalhamento do que foi aplicado em Florianópolis. “Ao mesmo tempo, puderam complementar com outras experiências na mesma área ou em áreas similares”, acrescenta.
O 1º Encontro Cidades Verdes Resilientes reuniu gestores municipais, representantes do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), do Ministério de Minas e Energia (MME), do Ministério das Cidades (MCid), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e de entidades do setor. A iniciativa foi do Programa Cidades Verdes Resilientes, coordenado pelo MMA, com apoio do C40 Cities e do Global Covenant of Mayors for Climate & Energy. O Programa tem como objetivo principal fortalecer políticas públicas voltadas à adaptação e à resiliência climática, promovendo uma articulação integrada entre os governos federal, estaduais e municipais.
Fotos: Mário Agra | CBCS