Apesar do desastre natural de proporções excepcionais, é importante reconhecer as evidências científicas sólidas sinalizando que eventos climáticos extremos serão mais frequentes e intensos. Isso inclui variações nas temperaturas, ventos, chuvas e até na disponibilidade de água potável e de energia, com consequências graves para todos os brasileiros. Estamos lidando com perdas humanas, sofrimento e danos econômicos significativos, o que representa um custo crescente para a sociedade.
Tanto a indústria como a sociedade civil reconhecem a importância de agir de forma sistemática para mitigar as emissões que contribuem para o aquecimento global. Contudo, é crucial atribuir a mesma importância à elaboração e à disseminação de estratégias para nos adaptarmos a essas mudanças. Isso implica repensar como construímos casas, edifícios e infraestruturas urbanas, e como preparamos as comunidades para enfrentar emergências.
Precisamos urgentemente mapear áreas de risco e entender como os eventos climáticos extremos podem impactar cidades. Devemos adequar normas técnicas de projeto e desenvolver soluções inovadoras viáveis. Não é possível que continuem sendo construídos edifícios e infraestruturas urbanas sem considerar que o clima está mudando. Além disso, é essencial envolver todos os membros da sociedade nesse processo. Fóruns locais dedicados ao tema podem contribuir para conscientização e engajamento.
Para garantir um futuro mais seguro, é imperativo basearmos as ações em ciência e políticas públicas escaláveis, criando condições para que cidades, estados, famílias e empresas possam ser capazes de agir. Isso inclui a revisão dos fundamentos para planos diretores e códigos de obras das cidades.
O CBCS e seus associados, comprometidos com o desenvolvimento sustentável da construção, têm como missão colaborar com a sociedade na produção, organização e disseminação do conhecimento e na busca de soluções economicamente viáveis que melhorem a resiliência das cidades diante das mudanças climáticas.